Biografias: Maurren Higa Maggi

Maurren Higa Maggi nasceu na cidade brasileira de São Carlos (Estado de São Paulo) a 25 de Junho de 1976.

A origem do seu nome é bastante curiosa, pois o seu pai, William Maggi, era um fervoroso fã dos Beatles, mais concretamente de Ringo Star. Assim que soube que a sua mulher estava grávida, William, prometeu a si mesmo dar o nome de Ringo se o filho fosse um rapaz; mas como "saiu" uma menina, o pai deu-lhe o nome da primeira mulher do baterista da célebre banda musical.

Mas a curiosidade não acaba aqui, pois no registo, alguém se enganou e registou Maurren em vez de Maureen [Cox Starkey], que era o nome da inglesa casada com Ringo entre 1965 e 1975.

Depois de alguns resultados modestos, a saltadora brasileira "saltou" para o estrelato em 1999, depois de ter conquistado duas medalhas (Ouro e Prata) nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg. Maurren Maggi venceu a prova de Salto em Comprimento e foi 2ª nos 100 metros.

No mesmo ano, nas Universíadas em Palma de Maiorca (Espanha), a brasileira voltou a mostrar-se em grande plano, ao conquistar a medalha de Bronze no Salto em Comprimento, a sua prova de eleição.

Dois anos depois, voltou a repetir o feito de Winnipeg, nas Universíadas de Pequim, ou seja, medalha de Ouro no Salto em Comprimento e medalha de Prata nos 100 metros.

Entre estes dois bons resultados, Maurren participou nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sidney (Austrália), onde não foi além do 25º lugar, tendo sido logo eliminada nas qualificações.

Em 2003, acontece a única mancha no curriculo da saltadora brasileira: um teste antidoping positivo. Maurren acusou clostebol, mas a atleta alegou que a substância estava na composição do creme Novaderm, que foi autorizado pelo COB (Comité Olímpico Brasileiro), pois a brasileira estava com uma infecção na pele depois de uma depilação definitiva.

Os argumentos de Maurren Maggi não foram aceites pelo COI e a atleta foi punida com dois anos de suspensão. Durante esse período, a barsileira entrou em depressão e deixou o atletismo. Mas, o seu marido, o piloto António Pizzonia, não deixou que Maurren desistisse, e incentivou-a a voltar aos treinos.

Em 2007, incentivada por António e pela filha Sophia, a brasileira volta às competições, e faz um modesto salto de 6,84m, que no entanto é suficiente para garantir a vitória nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Este ano, Maurren Maggi entrou para a história do desporto brasileiro, ao tornar-se na primeira, e até agora única, mulher a conquistar uma medalha de Ouro olímpica numa prova individual. A atleta saltou 7,04m, apenas mais um centimetro que a favorita, a russa Tatyana Lebedeva.


Jornalista: João Miguel Pereira